ROTH: "Mas em O livro do riso e do esquecimento há outra coisa em jogo. Numa pequena parábola, você compara o riso dos anjos com o riso do demônio. O demônio ri porque o mundo de Deus lhe parece sem sentido; os anjos riem de júbilo porque tudo no mundo de Deus tem sentido."
KUNDERA: "É verdade, o homem usa a mesma manifestação fisiológica - o riso - para exprimir duas atitudes mentalmente diferentes. Alguém deixa cair o chapéu em cima do caixão numa cova que acabou de ser cavada, e o enterro perde o sentido: nasce o riso (sic). Um casal de namorados corre pelo prado, de mãos dadas, rindo. O riso deles não tem nada a ver com as piadas nem com o humor; é o riso sério de anjos que manifestam seu júbilo por existir."
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